O Centrão, bloco formado por Partido Progressista (PP), Partido Social Democrático (PSD), Republicanos, Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e União Brasil, articula-se nos bastidores para definir se dará apoio formal ou se liberará seus quadros a escolher entre Flávio Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial de 2026.
De acordo com fontes ouvidas pelo Metrópoles, líderes do grupo planejam uma reunião já em janeiro para discutir o rumo eleitoral. O MDB tende a apoiar a reeleição de Lula.
Apesar da iniciativa, caciques partidários avaliam que um único encontro não será suficiente para pacificar o tema. A definição, segundo relataram ao Metrópoles, dependerá do cenário político ao longo do próximo ano, especialmente de quem ocupará o posto de vice-presidente na eventual chapa de Lula.
No União Brasil, o debate já expõe divergências internas. Uma ala defende adesão integral ao nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto outro segmento sugere aguardar a evolução das pesquisas e buscar um consenso mais adiante. No PP, liderado por Ciro Nogueira, a tendência é liberar os filiados para decidirem de acordo com a própria avaliação política.
O impasse ocorre em um momento de reorganização das forças políticas e diante da tentativa de Lula de ampliar sua base no Congresso, enquanto o bolsonarismo busca manter protagonismo na sucessão presidencial.
Com peso decisivo no Legislativo e histórico de pragmatismo eleitoral, o Centrão tende a calibrar sua posição conforme a viabilidade dos candidatos, a composição das chapas e a capacidade de oferecer espaço político e influência em um eventual governo a partir de 2027.
Fonte: Metrópoles

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