Policiais militares denunciaram que uma equipe da TV Globo Nacional está realizando uma reportagem no Rio Grande do Norte com apoio direto da Polícia Militar, que estaria fornecendo escolta, segurança e até hospedagem — tudo sem documentação formal ou ordem escrita. A TV Globo e a PMRN não se manifestaram até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para posicionamento.
Escolta sem documento e por ordem verbal
As denúncias indicam que a determinação para a escolta teria partido do comando da corporação e repassada apenas verbalmente a cada batalhão envolvido. “Quando disseram pro pessoal do meu batalhão fazer a escolta, a gente se negou”, afirma um dos relatos recebidos.
A operação teria iniciado no interior do estado e, segundo os relatos, avançou em direção ao litoral, com batalhões sendo acionados para assumir a escolta conforme o deslocamento da equipe da emissora.
Hospedagem providenciada pela PM
Um dos trechos das denúncias detalha que, ao chegar na Grande Natal, a responsabilidade da escolta foi assumida pela ROCAM. Ainda segundo o relato, o comandante de um batalhão da região metropolitana teria providenciado hospedagem para a equipe de reportagem, a pedido superior. “Eu só não estava na reunião quando ele falou, mas quem estava na reunião me contou.”
Ausência de registro e temor de ilegalidade
As ordens não teriam sido acompanhadas de qualquer documento oficial. “Tudo verbal, porque é completamente ilegal”, diz um dos policiais. Em conversas internas, há dúvida explícita sobre os motivos da operação e o deslocamento dos repórteres. “Que lavação é essa?”, pergunta um integrante após receber a notícia de que a escolta estava vindo da cidade de Lajes para Macaíba.
A ausência de documentação oficial tem gerado desconforto entre agentes. “A gente disse que não fizesse escolta não, que não tinha documento. E isso era ilegal, ninguém ia obedecer uma determinação ilegal, ainda mais verbal”, afirma outro relato.
Por Dinarte Assunção – Blog do Dina
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