Ney Lopes
Felizmente, o Brasil não foi incluído no rol de países mais atingidos pelas tarifas e terá seus produtos exportados para os EUA taxados em 10%.
A medida estabelecida por Trump, no chamado “dia da libertação”, provocou verdadeiro “tsunami” econômico”, que atinge a economia mundial.
O Brasil “lamenta a decisão tomada pelo governo norte-americano" e se mantém aberto ao diálogo.
Os setores que mais devem ser impactados pelas tarifas norte-americanas são o de produtos semimanufaturados, celulose e de partes de avião.
Os setores como o de commodities agrícolas e mineração, que o Brasil concentra interesses, não deverão sofrer grandes impactos, por não dependerem tanto do mercado norte-americano.
O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, depois do Canadá, tendo embarcado 4 milhões de toneladas do metal em 2024.
O nosso país também importa uma ampla gama de produtos manufaturados à base de aço dos Estados Unidos, incluindo máquinas industriais, motores automotivos e peças para sua indústria aeroespacial.
Cuba, Bielorrússia e Coreia do Norte não foram incluídas nas restrições porque as tarifas e sanções existentes sobre elas já eram muito altas.
No entanto, o comércio de bens entre a Rússia e os Estados Unidos foi de US$ 3,5 bilhões (€ 3,17 bilhões) no ano passado.
No ano anterior foi de US$ 36 bilhões.
Na realidade, os EUA ainda importam mais produtos da Rússia do que da Ucrânia e de muitos outros países que foram atingidos por novas tarifas.
Mesmo assim, Trump usou a diplomacia do “amaciamento” e omitiu esses dados, talvez para facilitar o acordo do fim da guerra.
Algumas medidas contra a recessão, semelhantes à de Trump, que se tentou implantar no passado, prolongaram a recessão americana, que a partir de 1930 durou dez anos e só terminou por conta do início da Segunda Guerra Mundial.
Em 1930, os senadores Willis Hawley, e Reed Smoot, apresentaram um projeto de lei protecionista aprovado, que impôs as mais altas tarifas da história americana.
Enquanto isso, as perspectivas da economia americana se deterioravam.
O desemprego passou de 3%, no outono americano de 1929, para 9% no início do ano seguinte.
As lições da crise de 1929 fazem parte da história da América.
Aqui no Brasil houve tentativa semelhante.
Por meio da conhecida "licença prévia de importação" tentou-se implantar os conhecidos e velhos controles não tarifários sobre as importações.
Uma iniciativa, felizmente, abortada a tempo, diante da forte reação gerada.
Caso Trump mantenha a sua “cabeça dura”, ele deverá lembrar-se que o presidente Herbert Hoover, em 1930, quando promulgou a lei dos senadores republicanos autores da propostaWillis Hawley e Reed Smoot, homenageou-os utilizando seis penas de ouro.
O final da história todos sabemos.
A economia americana padeceu da maior recessão econômica, até hoje.
Por trás da notícia – Trump demonstra querer aproximar-se da esquerda por “baixo do pano”. Faz jogo duplo. Adota lógicas da direita e da esquerda para criar um estilo próprio e imprevisível. No campo social e cultural, é um conservador, mas na economia desafia a lógica. Veja-se. Maduro, até hoje só recebeu atenções dele. Silencia com a Colômbia e Chile. De certa forma, Trump teve atenções com Lula, ao reduzir penalidades do Brasil. Afaga a Coreia do Norte. Não agride o Irã. Ponderado quanto aos conflitos do Oriente Médio. Talvez, para não dividir popularidade é discreto com os líderes direitistas europeus. Com a Rússia, nem se fala.
Enfim ...
Dia Nacional do filho
O Dia Nacional do Filho é comemorado em 5 de março. É um dia para homenagear os filhos e seu papel na família e na sociedade. Pouco conhecida no Brasil essa comemoração é para celebrar, reconhecer a importância e o significado especial de ser filho e criar filhos. Os filhos serão futuros pais, modelos e líderes. O dia também analisa o papel do filho e seu relacionamento com aqueles ao seu redor.
Curtinhas
+ O lançamento do livro de Genibaldo Barros, na última quinta, foi uma consagração. Recebeu as homenagens e carinho dos seus conterrâneos potiguares. Exerceu cargos honrosos na vida pública e mantem a sua imagem límpida e inatacável. Pode-se afirmar, que “Genibaldo é uma unanimidade “, de apreço e estima no RN.
+O juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior titular da 2ª Vara da Justiça Federal do RN, será desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 5° Região. Sem dúvida é um dos maiores talentos jurídicos do Estado, já reconhecido nacionalmente. A sua presença engrandecerá a Corte e contribuirá para o aprimoramento constante do Judiciário brasileiro.
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