Dois jovens expoentes da nova direita radical ganharam destaque no segundo turno das eleições municipais: Bruno Engler e André Fernandes. Ambos são filiados ao PL e têm menos de 30 anos.
Em Belo Horizonte, Engler ficou a menos de 100 mil votos de Fuad Noman (PSD). Em Fortaleza, a diferença foi muito menor — André Fernandes ficou a apenas 10 mil votos do prefeito eleito Evandro Leitão (PT).
Apesar das derrotas, a geração Z do conservadorismo, inspirada em Nikolas Ferreira (PL), cresce cada dia mais no Brasil e nutre com grandes ambições para 2026.
A influência de Nikolas Ferreira é tanta que receberam do pastor Silas Malafaia o apelido jocoso de "nicolominions".
Ainda que se assumam como bolsonaristas e demonstrem respeito ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), esses políticos tendem a ser ainda mais radicais nas pautas conservadoras.
"Bolsonaro não é mais o principal cabo eleitoral deles. Eles conquistaram uma certa autonomia em relação ao bolsonarismo; ainda há uma afinidade, mas, como vimos, eles não hesitariam em trilhar seu próprio caminho, caso necessário" afirma o repórter Rodrigo Ortega.
"Essa nova geração está ofuscando a família Bolsonaro", pondera José Roberto de Toledo.
O repórter Rodrigo Ortega explica que, ao contrário da família do ex-presidente, que tem uma trajetória política de anos, a nova geração traz "uma ideia de pureza na política, com foco em defender ideais sem fazer concessões".
As trajetórias de André Fernandes, Bruno Engler e Lucas Pavanato, principais representantes da nova direita, são parecidas. Todos eram adolescentes durante os protestos contra Dilma Rousseff, a partir de 2014.
Até o MBL, referência jovem daquela época, é considerado pouco radical para o gosto deles.
"O MBL já representa uma postura distinta, muito econômica e pouco moral para eles. Eles seguem uma trajetória de 'pureza' política e se concentram em temas morais, sem dar muita atenção às pautas econômicas", explica Ortega.
Com informações de UOL
Fonte: Portal Grande Ponto
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