segunda-feira, 25 de outubro de 2021

A presidenta da UNE, Bruna Brelaz, está no episódio 40 do Política ao Quadrado e avisa que o movimento estudantil está mobilizado desde sempre.

 

Cadê os estudantes? A presidenta da UNE, Bruna Brelaz, está no episódio 40 do Política ao Quadrado e avisa que o movimento estudantil está mobilizado desde sempre. Ela lembrou o “Tsunami da Educação”, em 2019, com o papel relevante de fazer as primeiras denúncias do que viria a ser o governo Bolsonaro. Neste programa, além de tratar das principais pautas da mobilização universitária, a convidada fala sobre os discursos de ódio e misóginos dirigidos às lideranças femininas.


Segundo a líder estudantil, a primeira atuação deste governo foram os ataques à educação, manifestados pelos cortes de recursos e investidas ideológicas – centros acadêmicos chamados de ninhos de rato, plantação de maconha, balbúrdia, além de perseguições a reitores. O tsunami, segundo Bruna, foi a grande frente ampla da educação, abrindo espaço, inclusive, à participação do MBL. As mobilizações nacionais representariam a reunificação dos estudantes em torno de uma pauta prioritária, a defesa da universidade contra o “governo obscurantista e anticiência”.


Alvo de ataques da extrema direita, Bruna vem denunciando a existência de redes de ódio mobilizadas também por alas da esquerda. Ela defende a composição de uma frente ampla contra o governo e busca cobrar posicionamento e responsabilidade de todas as alas políticas pelo impeachment. O desafio é chamar todo mundo para refletir quem é o inimigo central. E observa que, enquanto há relatos emocionantes e duros divulgados pela CPI da Covid, existem pessoas nas redes brigando por outros assuntos, e não pelo Fora Bolsonaro.


Sobre as disputas políticas dentro do movimento estudantil, Bruna sustenta a organização de estudantes de todas as correntes, inclusive os liberais, para disputar a agenda do Congresso da UNE. “A universidade sempre fez o papel do palco da democracia, mas a democracia não pode ser superada por discursos de ódio”. Ela cita como manifestações a serem combatidas as apologias ao nazismo por estudantes – casos isolados, mas ainda existentes nas universidades.


A necessidade de investimentos para reorganização acadêmica com o retorno às aulas presenciais, retenção de cientistas para a reconstrução do Brasil pós-pandemia, recomposição orçamentária das universidadescortes de bolsas e de assistência estudantil (a exemplo do Pibid e do Pnaes) são algumas das pautas de enfrentamento da UNE destacadas pela líder. No próximo dia 26 de outubro, a UNE participa, ao lado de entidades acadêmicas e científicas, de mais uma “Mobilização em Defesa da Ciência”. O objetivo é pressionar o governo federal e o legislativo pela recuperação de recursos destinados ao Ensino Superior e às áreas de Ciência e Tecnologia.


Quem faz o quadrado? O Política ao Quadrado é o podcast de primeira que vai ao ar toda segunda. A produção independente tem apresentação de Lívia Carolina e Caio Barros, técnica e vídeo por Kauê Pinto, edição e mixagem de Brunno Rossetti e produção de Germano Neto.


Ouça o episódio:

https://spoti.fi/3mcevlH


Um grande abraço,

Equipe P2.

Nenhum comentário:

Postar um comentário