Ney Lopes
Será que o senador Flávio Bolsonaro, ao disputar a Presidência da República, por decisão tresloucada do clã da família Bolsonaro, pretende repetir no Brasil o candidato à presidente da Argentina Hector Cámpora, "el Tío", como era conhecido?
Em 1972, a candidatura de Juan Domingo Perón foi vetada pelos militares.
Cámpora, um modesto dentista que se destacara na política apenas por sua incondicional lealdade ao peronismo, foi o escolhido para ocupar seu lugar.
Após várias manobras golpistas, o “poste” ganhou a eleição, porém renunciou meses depois e Peron assumiu a Presidência, pela terceira vez.
Morreu meses após e foi substituído por Isabelita Perón, sua mulher, que ficou 20 meses no cargo, sendo deposta por um golpe militar que mergulhou a Argentina na mais tenebrosa ditadura de sua história.
PT eufórico
No Brasil, o surgimento repentino do nome do filho do ex-presidente Bolsonaro encheu de euforia o PT, que tem plena consciência de que é lançado o adversário ideal para dividir a direita e “estacionar”, diante da rejeição causada por ser um candidato de família e não de sistema político.
“Flávio no governo e Bolsonaro no poder”, certamente inspirou a estapafúrdia decisão de um clã, que deveria buscar caminhos lógicos e racionais, possíveis de alcançar uma recuperação política futura do patriarca, que cumpre pena.
Ao contrário, acirra ânimos.
O mais inacreditável é que o senador lançado candidato anunciou a sua própria candidatura, sem repercussão, e declarou que poderá “recuar” caso o Congresso aprove uma anistia para seu pai antes do final do ano.
Todo principiante em política, percebe que esse não é o caminho mais viável para pressionar a anistia. Ao contrário, é a forma de dificultá-la, na medida em que mobiliza forças contrárias.
Candidato natural
As pesquisas mostram, que o candidato natural do bloco de centro-direita é o governador Tarcísio de Freitas de SP.
O simples anúncio de Flávio Bolsonaro mostrou que ele não é o candidato preferido da elite financeira, dos partidos tradicionais de direita ou dos líderes das igrejas evangélicas.
O mercado de ações caiu 4%.
Há suspeitas sobre como ele conseguiu quitar rapidamente toda a hipoteca de uma mansão em Brasília.
O presidente Trump, tido como aliado do “clã”, simplesmente silenciou.
Após o fracasso de sua tentativa de subjugar as instituições e o judiciário brasileiro, ele recuou, flexibilizou as tarifas e busca construir em diálogo direto com Lula uma relação diplomática saudável.
Enquanto isto, o presidente Lula beneficia-se da total desorientação da direita, que lhe faz oposição.
A pesquisa Datafolha do último sábado o coloca 15 pontos à frente de Flávio Bolsonaro.
Restam apenas “alguns” “bolsonaristas da gema”, radicais, petulantes, sem preparo intelectual e político, que pregam o poder e o carisma sem limites do ex-presidente, capaz de fazer o filho Presidente da República.
Isso não existe!
Caso prevaleça o “gol contra” do clã Bolsonaro, no processo eleitoral de 2026, só Deus salvará o Basil.
Ninguém mais!
Curtinhas
Filme
'O Amor Não Tira Férias' (2006) – Netflix – Decepções amorosas levam duas amigas a fazerem intercambio de casas. Logo a mudança trará reflexos na vida amorosa de ambas. E terminam cultivando paixões, durante o Natal.
Frase
“Os infelizes são ingratos. Isto faz parte da infelicidade deles” – Victor Hugo
Ódio a NETFLIX
Os produtores odeiam a Netflix porque não conseguem obter lucros com a venda dos direitos autorais. Os atores de primeira linha e seus agentes odeiam o fato de a plataforma ter limitado os salários.Os estúdios odeiam a Netflix porque ela contratou seus talentos e aumentou os salários dos executivos. Os exibidores odeiam a Netflix porque o serviço de streaming está prejudicando o mercado cinematográfico ao convencer as pessoas de que é melhor ficar em casa.
O superávit comercial da China
As tarifas impostas pelo presidente Trump não foram suficientes para conter o fluxo global de exportações da China, que ultrapassou o recorde do ano passado em apenas 11 meses.
Trump isola USA
Está viva a Doutrina Monroe, que no século XIX proclamou “América para os americanos”, impôs os Estados Unidos como potência dominante na América Latina e inaugurou uma era de intervencionismo na região. Trump ressuscita esses princípios e isola o país
Venezuela isolada
Nas últimas duas semanas, o espaço aéreo venezuelano esvaziou-se, tornando-se um céu desprovido de aeronaves. As conexões com a Europa estão efetivamente fechadas, e as rotas que permanecem ativas dependem de poucos centros de conexão. Companhias aéreas do Panamá suspenderam temporariamente os voos devido a problemas intermitentes de navegação.

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