PADRE JOÃO MEDEIROS FILHO:
60 ANOS DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL
GREGÓRIO
CELSO MACÊDO
O corrente ano de 2025 é marcado pelos
60 anos de ordenação sacerdotal de um dos mais ilustres potiguares da
atualidade: o padre João Medeiros Filho.
Nascido em Jucurutu a 16 de março
de 1941, é filho de João Eufrásio de Medeiros e Maria Aparecida Jácome de
Medeiros. Recebeu as santas águas batismais pelas venerandas mãos do padre
Expedito Sobral de Medeiros, tendo como padrinhos Stoessel de Brito e Maria
Brasileira de Brito.
Seu nascimento veio ao encontro dos
mais acalentados sonhos do seu genitor, ansioso por um filho varão que pudesse dar
continuidade aos seus passos nas lides políticas, comerciais e agropecuárias.
Contudo, outro seria o futuro do pequeno Joãozinho, segundo os designíos da
Providência Divina: “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes
de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das
nações” (Jr 1, 5).
Aprendeu a auxiliar na Santa Missa Tridentina
com o grande bispo de Caicó, o estadista Dom José de Medeiros Delgado, a 18 de
janeiro de 1950.
Estudou no Seminário de Caicó,
entre 1952 e 1953. Depois, esteve sucessivamente matriculado nos Seminários de
Mossoró, Natal e da capital paraibana. Cursou teologia na Bélgica, de 1961 a
1965, ali fazendo mestrado e doutorado.
Retornando ao Brasil, foi ordenado
em Jucurutu, por Dom Manuel Tavares de Araújo, no dia 25 de agosto de 1965. Foi
pároco de Jucurutu, da catedral de Sant’Ana (em Caicó) e da paróquia de São
José (também em Caicó). Ainda no Seridó, foi chanceler da Cúria, governador do
Bispado (pró-vigário geral) e diretor do Departamento Diocesano de Ação Social.
Concursado, tornou-se
professor da rede pública estadual do Rio Grande do Norte (como lente de latim)
e, depois, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, do curso
de Jornalismo.
Esteve novamente na
Bélgica, entre 1971 e 1972, quando obteve novo doutorado, dessa vez em Comunicação
Social e Sociologia. Deslocou-se ao Rio de Janeiro, para se submeter a um
tratamento médico em 1975. Recuperada a saúde, permaneceu no torrão carioca até
2005, trabalhando em diversos órgãos federais, fazendo a sua brilhante
inteligência fulgurar no serviço público brasileiro, além do que já reluzia na vida
eclesiástica e no campo das letras. Elaborou quase duas centenas de projetos de
credenciamento, reconhecimento e autorização de instituições de ensino superior
de vários estados do Brasil.
No Rio de Janeiro,
esteve à frente da igreja do Colégio Santo Inácio, no bairro de Botafogo; foi
vigário da Paróquia de São João Batista da Lagoa; capelão do Colégio Faculdade
Santa Isabel, no bairro da Tijuca; foi auxiliar da Paróquia Nossa Senhora das Dores,
no Rio Comprido, por vinte anos; e, durante um bom tempo, auxiliou o capelão da
Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens.
Tem dezenas de livros
publicados, tanto sobre a doutrina católica como de outros temas relevantes,
sempre de interesse do seu povo, tais como história local e temática social
nordestina. Fala espanhol, francês, holandês, alemão, latim, hebraico e grego.
Em Caicó, contribuiu
destacadamente para implantação dos cursos superiores nas esferas privada,
federal e estadual. É membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, da
Academia Mossoroense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio
Grande do Norte.
Costuma ser arauto das
grandes causas. É o maior defensor da criação de uma universidade federal no
Seridó. É, também, um grande paladino da criação de uma nova diocese da Igreja
Católica no RN com sede na cidade do Assú - sonho e necessidade que advoga há
mais de duas décadas e que já vislumbra os raios promissores de se tornar
realidade. Apoia, ainda, entusiasticamente, o processo de beatificação do Padre
João Maria Cavalcanti de Brito, o Anjo de Natal.
É muito devoto de Nossa
Senhora, tem cativante bom humor e goza de plena lucidez. Reside atualmente em
Emaús, município de Parnamirim, região metropolitana de Natal. No mesmo bairro,
presta assistência religiosa ao Mosteiro das Filhas de Sant’Ana. Colabora
semanalmente no jornal Tribuna do Norte, nas versões impressa e
digital.
Na venturosa
oportunidade dos seus 60 anos de vida presbiteral, é dever que nos impõe a
consciência o brado reconhecedor das suas invulgares virtudes de cristão, de
sacerdote, de eminente intelectual, de cidadão de escol e de grande amigo. Parabenizando-o,
rogamos a Deus que conserve a sua inteligência genial, a sua memória
prodigiosa, a sua admirável humildade e a sua imensurável capacidade de afeição
fraterna.
Viva o padre João
Medeiros Filho, vulto que enobrece e glorifica o clero brasileiro!
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