domingo, 17 de agosto de 2025

 

PADRE JOÃO MEDEIROS FILHO: 

60 ANOS DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL


GREGÓRIO CELSO MACÊDO

O corrente ano de 2025 é marcado pelos 60 anos de ordenação sacerdotal de um dos mais ilustres potiguares da atualidade: o padre João Medeiros Filho.

Nascido em Jucurutu a 16 de março de 1941, é filho de João Eufrásio de Medeiros e Maria Aparecida Jácome de Medeiros. Recebeu as santas águas batismais pelas venerandas mãos do padre Expedito Sobral de Medeiros, tendo como padrinhos Stoessel de Brito e Maria Brasileira de Brito.

Seu nascimento veio ao encontro dos mais acalentados sonhos do seu genitor, ansioso por um filho varão que pudesse dar continuidade aos seus passos nas lides políticas, comerciais e agropecuárias. Contudo, outro seria o futuro do pequeno Joãozinho, segundo os designíos da Providência Divina: “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações” (Jr 1, 5).

Aprendeu a auxiliar na Santa Missa Tridentina com o grande bispo de Caicó, o estadista Dom José de Medeiros Delgado, a 18 de janeiro de 1950.

Estudou no Seminário de Caicó, entre 1952 e 1953. Depois, esteve sucessivamente matriculado nos Seminários de Mossoró, Natal e da capital paraibana. Cursou teologia na Bélgica, de 1961 a 1965, ali fazendo mestrado e doutorado.

Retornando ao Brasil, foi ordenado em Jucurutu, por Dom Manuel Tavares de Araújo, no dia 25 de agosto de 1965. Foi pároco de Jucurutu, da catedral de Sant’Ana (em Caicó) e da paróquia de São José (também em Caicó). Ainda no Seridó, foi chanceler da Cúria, governador do Bispado (pró-vigário geral) e diretor do Departamento Diocesano de Ação Social.

Concursado, tornou-se professor da rede pública estadual do Rio Grande do Norte (como lente de latim) e, depois, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, do curso de Jornalismo.

Esteve novamente na Bélgica, entre 1971 e 1972, quando obteve novo doutorado, dessa vez em Comunicação Social e Sociologia. Deslocou-se ao Rio de Janeiro, para se submeter a um tratamento médico em 1975. Recuperada a saúde, permaneceu no torrão carioca até 2005, trabalhando em diversos órgãos federais, fazendo a sua brilhante inteligência fulgurar no serviço público brasileiro, além do que já reluzia na vida eclesiástica e no campo das letras. Elaborou quase duas centenas de projetos de credenciamento, reconhecimento e autorização de instituições de ensino superior de vários estados do Brasil.

No Rio de Janeiro, esteve à frente da igreja do Colégio Santo Inácio, no bairro de Botafogo; foi vigário da Paróquia de São João Batista da Lagoa; capelão do Colégio Faculdade Santa Isabel, no bairro da Tijuca; foi auxiliar da Paróquia Nossa Senhora das Dores, no Rio Comprido, por vinte anos; e, durante um bom tempo, auxiliou o capelão da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens.

Tem dezenas de livros publicados, tanto sobre a doutrina católica como de outros temas relevantes, sempre de interesse do seu povo, tais como história local e temática social nordestina. Fala espanhol, francês, holandês, alemão, latim, hebraico e grego.

Em Caicó, contribuiu destacadamente para implantação dos cursos superiores nas esferas privada, federal e estadual. É membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, da Academia Mossoroense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.

Costuma ser arauto das grandes causas. É o maior defensor da criação de uma universidade federal no Seridó. É, também, um grande paladino da criação de uma nova diocese da Igreja Católica no RN com sede na cidade do Assú - sonho e necessidade que advoga há mais de duas décadas e que já vislumbra os raios promissores de se tornar realidade. Apoia, ainda, entusiasticamente, o processo de beatificação do Padre João Maria Cavalcanti de Brito, o Anjo de Natal.

É muito devoto de Nossa Senhora, tem cativante bom humor e goza de plena lucidez. Reside atualmente em Emaús, município de Parnamirim, região metropolitana de Natal. No mesmo bairro, presta assistência religiosa ao Mosteiro das Filhas de Sant’Ana. Colabora semanalmente no jornal Tribuna do Norte, nas versões impressa e digital.

Na venturosa oportunidade dos seus 60 anos de vida presbiteral, é dever que nos impõe a consciência o brado reconhecedor das suas invulgares virtudes de cristão, de sacerdote, de eminente intelectual, de cidadão de escol e de grande amigo. Parabenizando-o, rogamos a Deus que conserve a sua inteligência genial, a sua memória prodigiosa, a sua admirável humildade e a sua imensurável capacidade de afeição fraterna.

Viva o padre João Medeiros Filho, vulto que enobrece e glorifica o clero brasileiro!

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