quinta-feira, 31 de julho de 2025

ANÁLISE: "PUTIN: DITADOR OU AUTOCRATA?"



 Ney Lopes

A cada dia se agrava a situação da Ucrânia.

Putin não reucou e Trump declarou “estar decepcionado”.

Agora, o prazo concedido por Trump será de "10 ou 12 dias" para a Rússia progredir em direção ao fim da guerra.

Se Moscou mostrar-se irredutível, o que acontecerá?

Impossível prever, mas a única evidencia é que o quadro bélico se agravará.

Vladimir Putin não é um líder comum.

Ele é um advogado, que deseja colocar a lei a serviço do seu autoritarismo.

Aos íntimos, Putin revela que “é tão importante poder citar a lei, quanto infringi-la”.

Hoje, cada nova onda de repressão política na Rússia é precedida pela aprovação ou revisão de uma lei — para que cada vez mais pessoas possam ser punidas "de acordo com a lei", em vez de violá-la.

Um problema permanente para os ditadores é a busca da legitimidade.

Por mais fortalecidos que estejam, sempre carecem de um déficit de legitimidade.

O objetivo de Putin é impulsionar a sua guerra contra a Ucrânia e transformar a vitória militar no bilhete de volta da Rússia ao clube das grandes potências mundiais.

Entretanto, há dificuldades, sem o reconhecimento do Ocidente.

Legitimidade é um problema constante para ditadores.

Por mais fortes que pareçam, sempre sofrem com um déficit dela.

Afinal, seu poder não é resultado da preferência popular.

Isso explica o esforço de Putin para legitimar a extensão do seu mandato em 2020, e as eleições que ele realiza de seis em seis anos para dar uma aparência de consentimento popular ao seu governo.

Nos primeiros anos do mandato, Ele manteve relações com líderes ocidentais e obteve vitórias na segunda guerra da Chechênia.

Mas, quando sua decisão de retornar à presidência em 2012 desencadeou uma nova luta pelos chamados valores tradicionais russos contra a influência corrosiva do Ocidente.

Essa mudança de ênfase implicou em confronto direto com o Ocidente, com a Ucrânia como campo de provas.

Putin está numa situação assemelhada a Stalin.

É levado a confiar na força, e não no Ocidente, para garantir seus ganhos. Isso pode ser uma espécie de vitória, mas o coloca diante de uma difícil opção.

A de ser um autocrata (governante que detém poder absoluto), ou um ditador (chega ao poder por meios ilegítimos e o exerce de forma opressiva).

Hoje na história

30 de julho de 2025

1792 - O hino nacional francês A Marselha (La Marseillaise) é tocado pela primeira vez em Paris.

1930- O Uruguai, jogando em casa, vence a primeira Copa do Mundo.

1945 - O USS Indianapolis, que havia acabado de desembarcar componentes necessários para a bomba atômica de Hiroshima é atingido por um torpedo de um submarino japonês.

1998 — Monica Lewinsky, ex-estagiária da Casa Branca, entrega ao promotor Kenneth Star o vestido manchado com o sêmen do presidente americano Bill Clinton.

1976- O Comitê Olímpico Internacional anuncia a expulsão de três atletas da 21ºOlimpíada por uso ilegal de anabolizantes

1988 - Morre Chacrinha (José Abelardo Barbosa de Medeiros), um dos maiores animadores da televisão brasileira

Curtinhas

Frase

“Às vezes, só precisamos de alguém que nos ouça. Que não nos julgue, que não nos subestime, que não nos analise. Apenas nos ouça”

Filme

“Encontro de amor” – NETFLIX - Um político em ascensão fica deslumbrado com uma mulher em um hotel chique de Nova York. Ele só não sabe que ela é camareira do lugar.

Melhor que seres humanos

Os chefes da tecnologia do Vale do Silício (USA)  dizem que em poucos anos a inteligência artificial ( IA ) será melhor do que o ser humano médio em todas as tarefas cognitivas

Aumento impostos

Donald Trump elevou as tarifas americanas sobre produtos estrangeiros ao nível mais alto desde antes da Segunda Guerra Mundial, ao mesmo tempo em que implementa sua abrangente agenda protecionista. O muro de impostos elevou o nível tarifário efetivo do país para cerca de 17.3%

 

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