Em sua segunda tentativa de se tornar prefeito de São Paulo, o deputado Guilherme Boulos (PSOL) viu sua quantidade de votos crescer 7,2% em relação a 2020, mesmo tendo a campanha mais cara do Brasil.
Votação parecida. Nas eleições deste ano, Boulos alcançou resultado semelhante ao que já havia demonstrado em 2020, quando se candidatou a prefeito pela primeira vez. Naquela ocasião, recebeu 2.168.109 de votos. Neste ano, recebeu 2.323.901 votos. Alta de apenas 155.792 votos, ou 7,18% a mais do que na eleição passada.
Eleitorado também cresceu. A quantidade de pessoas aptas a votar na capital paulista também cresceu. Em 2020, São Paulo tinha 8.986.687 de eleitores. Em 2024, passou a ter 9.314.259, segundo a Justiça Eleitoral. Alta de 3,6%.
Foi dele a campanha mais cara do estado. Os gastos totalizaram mais de R$ 55 milhões —contra R$ 44 milhões de Nunes.
Aumento de gastos sem aumento de votos. Em 2020, Boulos teve uma campanha modesta, em comparação com a deste ano: gastou R$ 7,3 milhões (R$ 9,5 milhões, se corrigido pelo IPCA). Ou seja, de uma eleição para a outra, Boulos aumentou seus gastos em R$ 45,5 milhões, mas melhorou seu desempenho em apenas 155 mil votos.
Crescimento foi de 30% entre os dois turnos. Entre 6 e 27 de outubro deste ano, Boulos teve 547.774 votos a mais. Embora ele tenha conseguido alcançar 2.323.901 de votos e crescer 30% de um turno para o outro, Ricardo Nunes amealhou 1.591.971 de votos a mais do primeiro turno para o segundo, numa alta de 88%.
Números dobraram em 2020. Desta vez, o salto na votação de Boulos foi menor do que o registrado nas eleições de 2020, quando ele saiu de 1.080.736 votos (20,24% dos votos válidos) para 2.168.109 de votos (40,62% dos votos válidos), ou mais de um milhão de votos entre um turno e o outro.
Insuficiente para superar o favorito tucano. Naquele ano, Boulos aumentou seu capital político, mesmo sem vencer o então prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição. Entre o primeiro turno e o segundo, Covas saiu de 1.754.013 votos para 3.169.121 votos. Registrou mais de 1 milhão de votos a mais do que Boulos.
A campanha de 2020 tinha contexto diferente, com pandemia. Quatro anos atrás, Boulos ainda não era deputado federal, já que foi eleito em 2022, e Jair Bolsonaro (PL) era o presidente da República.
Com informações de UOL
Fonte: Portal Grande Ponto
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