Com o nome “Poti News”, os alunos do ensino fundamental anos iniciais escreveram quatro breves matérias sobre a hora do recreio, a partir do conhecimento proporcionado em sala de aula sobre o gênero textual | Foto: Magnus Nascimento
O texto jornalístico é uma das
formas de comunicação mais rotineiras para proporcionar informações à população
e também pode ser um dos gêneros textuais estudados em sala de aula. Foi para
desenvolver o conhecimento, a elaboração e a interpretação que a professora
Fernanda Macêdo idealizou e proporcionou aos alunos da Escola Estadual
Potiguassu, no bairro do Igapó, em Natal, a prática de criar um jornal próprio
sobre atividades desenvolvidas na unidade educacional, inspirado no impresso da
Tribuna do Norte. A primeira edição foi finalizada no último dia 21 de
setembro.
Essa
ação faz parte de um projeto de alfabetização e letramento realizado na escola
para suprir as defasagens causados pela época da pandemia de Covid-19. De
acordo com Juliane Taise, vice-diretora da Escola Estadual Potiguassu, existiam
muitos desnivelamentos entre os alunos do ensino fundamental anos iniciais,
gerando a necessidade de um trabalho mais intenso da equipe pedagógica para
ajustar as pendências de conhecimento. Ao todo, a unidade conta com 169
estudantes, divididos entre os turnos da manhã e tarde.
“A
ideia foi fazer essa troca uma vez por semana, com uma professora, cada um no
nível certo [de conhecimento] e isso deu super certo. Para meninos do jornal,
são aqueles que leem e já escrevem. Eles ficam perguntando qual o dia do
projeto. Além de ser lúdico, eles conseguem acompanhar a atividade”, afirma a
vice-diretora.
Com
o nome “Poti News”, os alunos do ensino fundamental anos iniciais escreveram
quatro breves matérias sobre a hora do recreio, a partir do conhecimento
proporcionado em sala de aula sobre o gênero textual. Inicialmente, eles
puderam aprender sobre a construção dos textos através do lead, isto é, as
perguntas básicas que a abertura do material jornalístico precisa responder
para o leitor, como um resumo completo do fato.
Cibele
Vitória, 11, compõe parte do grupo de alunos que desenvolveram os materiais.
Para poder escrever, ela explica que foram estudados os detalhes do jornal
impresso e como era a construção dos textos jornalísticos produzidos pela
Tribuna do Norte. “A gente trouxe aquelas perguntas do lead para o recreio,
escrevemos na folha e depois a gente ajeitou o texto”, conta.
Flávyson
Antonny, 10, foi mais um dos alunos que estudou sobre o gênero jornalístico e
desenvolveu a própria matéria com mais outros quatro colegas. O resultado foi
impresso em um formato pôster e colocado no pátio da escola para acesso de
todos que circulam. “Teve um dia que eu estava passando pelo pátio e passei o
tempo todinho só lendo o nosso jornal. A gente se esforçou muito. A parte que
eu mais gostei foi a parte que a gente teve que ir lá ver o que tava
acontecendo”, afirma. As fotos e a diagramação ficaram por conta da professora
Fernanda, com auxílio de uma plataforma online.
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