segunda-feira, 16 de setembro de 2024

OPINIÃO: VIOLÊNCIA ASSUME LUGAR DO DIÁLOGO NA POLÍTICA

 



Ney Lopes

Lamentável a agressão ocorrida neste domingo em meio ao debate da TV Cultura de SP.

Após uma sequência de discussões, o candidato do PRTB Pablo Marçal provocou o apresentador José Luiz Datena ao acusá-lo de assédio sexual.

O jornalista respondeu que o caso não foi confirmado pela polícia e acabou sendo arquivado pela Justiça.

Disse ainda que o fato atingiu sua família e levou à morte de sua sogra. Em seguida, agrediu Marçal com uma “cadeirada”.

Em consequência, Datena foi expulso do debate e Marçal seguiu para o hospital, onde foi atendido, com fraturas nas costelas.

Em redes sociais, Marçal comparou o episódio aos atentados sofridos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e por Donald Trump, na atual disputa pela Presidência do Estados Unidos.

A propósito, ontem, 15, repetiu-se nos Estados Unidos atentado contra o candidato Donald Trump.

O suposto atirador), chegou a uma distância de 450 metros do ex-presidente e estava munido com um rifle AK-47 e uma câmera para registrar o crime, segundo a polícia, que o deteve.

Cenas degradantes, que revelam o elevado índice de violência política no mundo.

Repetem-se casos semelhantes. A causa comum a todos atentados é sempre a linguagem agressiva, que fere a honra das pessoas.

Na maioria das vezes, os atos sem controle vão além da linguagem e atingem pessoas, levando-as até a morte.

O episódio no debate paulista pode levar a saída de Datena da disputa, embora ele desminta no primeiro momento.

Caso isto ocorra, o grande beneficiário será o prefeito Nunes, cujo perfil se assemelha a Datena.

Nos EEUU, Trump continua sua escalada e não há como renunciar.

Ninguém se engane, a disputa com Kamala é duríssima.

Difícil indicar quem será o vitorioso, ainda.

A política é o meio do diálogo construtivo e civilizado. Nunca palco de barbaridades e ofensas

O que se espera é que a democracia se transforme em instrumento de coesão social e nunca em meio de separação e autodestruição das pessoas.

A liberdade é para ser usada no debate de ideias, nunca no confronto de agressões físicas.

Jamais, a violência poderá assumir o lugar do diálogo nas disputas políticas.

 


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