Ney Lopes
Lamentável a agressão ocorrida neste domingo em meio ao debate da TV Cultura de SP.
Após uma sequência de discussões, o candidato do PRTB Pablo Marçal provocou o apresentador José Luiz Datena ao acusá-lo de assédio sexual.
O jornalista respondeu que o caso não foi confirmado pela polícia e acabou sendo arquivado pela Justiça.
Disse ainda que o fato atingiu sua família e levou à morte de sua sogra. Em seguida, agrediu Marçal com uma “cadeirada”.
Em consequência, Datena foi expulso do debate e Marçal seguiu para o hospital, onde foi atendido, com fraturas nas costelas.
Em redes sociais, Marçal comparou o episódio aos atentados sofridos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e por Donald Trump, na atual disputa pela Presidência do Estados Unidos.
A propósito, ontem, 15, repetiu-se nos Estados Unidos atentado contra o candidato Donald Trump.
O suposto atirador), chegou a uma distância de 450 metros do ex-presidente e estava munido com um rifle AK-47 e uma câmera para registrar o crime, segundo a polícia, que o deteve.
Cenas degradantes, que revelam o elevado índice de violência política no mundo.
Repetem-se casos semelhantes. A causa comum a todos atentados é sempre a linguagem agressiva, que fere a honra das pessoas.
Na maioria das vezes, os atos sem controle vão além da linguagem e atingem pessoas, levando-as até a morte.
O episódio no debate paulista pode levar a saída de Datena da disputa, embora ele desminta no primeiro momento.
Caso isto ocorra, o grande beneficiário será o prefeito Nunes, cujo perfil se assemelha a Datena.
Nos EEUU, Trump continua sua escalada e não há como renunciar.
Ninguém se engane, a disputa com Kamala é duríssima.
Difícil indicar quem será o vitorioso, ainda.
A política é o meio do diálogo construtivo e civilizado. Nunca palco de barbaridades e ofensas
O que se espera é que a democracia se transforme em instrumento de coesão social e nunca em meio de separação e autodestruição das pessoas.
A liberdade é para ser usada no debate de ideias, nunca no confronto de agressões físicas.
Jamais, a violência poderá assumir o lugar do diálogo nas disputas políticas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário