Ney Lopes
O Papa Francisco, de 87 anos, concluiu a sua histórica viagem de 12 dias pela Ásia-Pacífico.
Foi a viagem mais longa que ele já fez fora da Cidade do Vaticano, navegando por três países – Indonésia, Papua Nova Guiné e Timor-Leste.
Não tenho dúvidas de que o Pontífice marcará a sua passagem no comando da Igreja, pela força e convicção das suas corajosas atitudes de solidariedade e misericórdia humanas.
Em momento de tantas mudanças globais, a Igreja Católica estaria sofrendo, se não tivesse um Pastor como Francisco.
É claro, que toda ação corajosa provoca reações.
E essas existem, até com a ameaças de morte ao vigário da Igreja.
Porém, ele resiste e conta com expressivo apoio da comunidade cristã e a não cristã, também.
Francisco é o primeiro Papa de origem Jesuíta.
A congregação faz quatro votos – de pobreza, castidade, obediência e um quarto voto de obediência ao Papa, especificamente em relação à missão mundial.
O último voto significa que eles devem estar prontos para aceitar qualquer missão que o papa exija, refletindo uma dedicação à igreja universal e ao bem maior.
Os jesuítas são bem conhecidos por suas contribuições aos campos da educação, trabalho missionário e teologia.
Eles fundaram milhares de escolas ao redor do mundo, incluindo o Boston College e a Georgetown University nos EUA.
Francisco é um homem de simplicidade
Antes de se tornar papa, ele era conhecido por viver de forma simples: pegava o ônibus para o trabalho, cozinhava suas próprias refeições e visitava pessoas que moravam nas favelas da Argentina.
Ser eleito papa não o impediu de manter sua preferência pela simplicidade.
Na noite após sua eleição papa em 2013, um porta-voz do Vaticano disse que o papa de 76 anos decidiu não ser conduzido em uma limusine Mercedes à prova de balas, o meio de transporte usual do pontífice.
Em vez disso, o Papa Francisco viajou em um micro-ônibus com os outros cardeais.
Ele também optou por não ficar no Palácio Apostólico, onde seus antecessores costumavam morar, e optou por morar em hospedaria já existente, ao lado da praça de São Pedro.
Um dos pontos mais positivos de Francisco é a sua visão global e a defesa que faz do diálogo inter-religioso.
Sempre destaca que “todas as religiões são um caminho para chegar a Deus”, e que nenhuma é mais importante que a outra:
"São como diferentes línguas, diferentes idiomas para chegar até um objetivo. Mas Deus é Deus para todos”.
Em sua viagem à Ásia houve momentos de preocupação, como quando o chefe da Igreja Católica, que lutava contra bronquite, tirou alguns minutos para limpar a garganta ao fazer seu primeiro discurso em Papua-Nova Guiné.
Em outras ocasiões, o Papa, que também lida com dores no joelho, parecia instável em pé – por exemplo, durante a cerimônia formal de boas-vindas em Díli, Timor-Leste, quando teve que ficar de pé e sentado repetidamente.
O padre Markus, intérprete do Papa afirma que a energia do Papa retorna quando ele está cercado de pessoas, incluindo os fiéis que se aglomeram nas ruas para vê-lo, enquanto ele se dirige aos eventos programados.
Em Jacarta decidiu abaixar a janela de seu Papamóvel em sua primeira parada – aparentemente cego às preocupações com a segurança.
Nos intervalões das refeições prefere mamão, um cappuccino suave, biscoitos e ovo.
Sempre começa o dia com um cappuccino.
Embora as refeições com o Papa Francisco terminem em 30 minutos, elas são pontuadas por risadas, pois ele sempre tem uma piada para contar na mesa de jantar.
Com bom humor e convicções firmes é este homem, que conquista o mundo entre crentes e não crentes.
Francisco tem encantado fiéis há décadas e promete seguir seu ministério lutando pelos necessitados e desfavorecidos.
Para o Papa, a pandemia nos lembra que ninguém pode se salvar sozinho e, se tivermos a coragem de mudar, poderemos sair desta crise melhores do que antes.
Realmente, Francisco é o enviado de Deus!
Amém!
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