segunda-feira, 6 de novembro de 2023

ANÁLISE: PESQUISAS ACONSELHAM BIDEN TER O “OLHO ABERTO”


Ney Lopes

Um ano das eleições presidenciais norte-americanas, uma sondagem publicada hoje pelo New York Times coloca o potencial candidato republicano Donald Trump à frente do Presidente Joe Biden em cinco de seis estados-chave.

De acordo com a sondagem do New York Times/Siena College, o ex-presidente republicano domina as intenções de voto no Nevada (52% contra 41% para Joe Biden), Geórgia (49%/43%), Arizona (49%/44%), Michigan (48%/43%) e Pensilvânia (48%/44%), enquanto Joe Biden venceria no Wisconsin (47%/45%), estados onde venceu em 2020.

Joe Biden perde terreno, especialmente entre os jovens, sendo que apenas 41% dos inquiridos na faixa etária dos 18 aos 29 anos decidiu, definitivamente  votar no candidato democrata, em comparação com 40% em Donald Trump.

Na média das pesquisas nacionais, Biden está na frente com 53% a 46% do total de votos.

E, contando estado a estado nas pesquisas, o democrata ganharia por 326 a 212 no colégio eleitoral.

As previsões nos Estados Unidos tornam-se difíceis, em razão do sistema eleitoral americano.

Em 2016, Hillary Clinton ganhou no total de votos (48% a 46%).

No Brasil, seria o suficiente para levar a eleição.

Mas a democrata ganhou menos estados e ficou com 227 votos no colégio eleitoral.

Perdeu para Trump.

O próximo presidente precisará ganhar em lugares como Michigan, Flórida, Pensilvânia e Ohio, alguns dos chamados "estados-pêndulo", que costumam mudar de voto a cada eleição.

Até agora,  quanto esses eleitores mudaram?

A vantagem de Biden não é tão relevante nesses lugares, sendo de menos de cinco pontos em alguns deles.

O suficiente para o cenário mudar..

Ou seja, Biden precisará de uma vitória nacional ampla, enquanto Trump pode, como fez em 2016, ganhar nos estados que importam.

O coronavírus no passado, à primeira vista, prejudicou Donald Trump.

Apesar de oposição ferrenha dos democratas, o presidente tinha níveis mais altos de aprovação antes da pandemia.

E o desemprego nos EUA estava abaixo de 4%, uma mínima histórica.

Mas o fato é que o coronavírus trouxe uma dose significativa de incerteza para ambos os candidatos.

Exemplo de mudanças nas eleições americanas foi em 2008, Barack Obama, que tinha menos de três pontos de vantagem contra o senador John McCain na média nacional das pesquisas, terminou vencendo por margem de quatro pontos.

Em 1992, as pesquisas mostravam Bill Clinton a frente com 20 pontos percentuais de vantagem, mas ele venceu por menos de seis.

A grande ameaça à Biden é a economia, que pode desfavorece-lo.

Todavia, nos últimos dias vem melhorando o quadro econômico americano.

É cedo ainda para previsões.

Mas Biden precisa ficar de “olho aberto”.

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