Petrobras vai apostar no RN para explorar Margem Equatorial
Ney Lopes
Tem razão quem diz que Deus é do Rio Grande do Norte
O que falta é o Estado fazer a sua parte.
Historicamente, não vem fazendo.
Os governantes, regra geral, optam pelo “feijão com arroz” e ficam com planos repetindo sempre a mesma temática, tal como aproveitar potencial de riquezas naturais (sem dizer como) e apontando o óbvio.
Falta sempre visão global e capacidade criativa, com os pés no chão.
Vejam-se os exemplos no passado da ausência de luta em favor da refinaria de petróleo, da passagem da transnordestina em nosso território, da implantação de um polo exportador e turístico no “Grande Natal”, aproveitando a proximidade com a África e Europa.
A iniciativa privada as vezes supre a omissão dos governos.
São os casos do turismo e do aproveitamento da energia eólica e solar, cujos méritos não podem ser atribuídos ao poder público.
Mas, afinal por que Deus é potiguar?
A ministra Marina Silva, com a sua conhecida intransigência, em prejuízo do país, não libera licença para aproveitamento do potencial de petróleo e gás nas redondezas do Amapá.
Enquanto isso, o vizinho Guiana Francesa já duplicou a extração de óleo e irá ampliar.
Todavia, a intransigência da Ministra terminou favorecendo o RN.
Dois blocos de petróleo na Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte, que se incluem na chamada Margem Equatorial, tiveram licenças liberadas para exploração em águas profundas.
Aleluia!
Na Foz do Amazonas permanece o bloqueio do Ibama, que levará o país a perder a nova fronteira de petróleo.
A Petrobras, pela vigilância do presidente Jean Paul, já desloca a sonda que estava no Sudeste para a Bacia Potiguar.
Essa área tem potencial equivalente ao da região do pré-sal.
Ninguém nega que a segurança ambiental deverá ser preservada no restante da Margem Equatorial.
Mas, para isso é necessário reconhecer que a Petrobras dispõe de tecnologia capaz de evitar danos ao meio ambiente.
O bloco de Poti, na Bacia Potiguar foi arrematado há 17 anos.
É mais antigo do que o de Foz do Amazonas.
A exploração na Bacia Potiguar será o início de uma exploração responsável da região.
Para o Estado tem o significado de gerar empregos e royalties.
Já é tempo de ser discutida na reforma tributária uma forma de compensar com tributos a exploração dessas riquezas naturais, não apenas o petróleo, mas também energia eólica e solar.
O emprego dado é consequência da atividade a ser desenvolvida empresarialmente.
Sem empregar, não há lucro.
Logo, não é mérito social.
Um estado como o RN, se não tiver vantagens com as riquezas que Deus lhe deu, dificilmente sairá do atual estágio de pobreza.
O novo capitalismo, que surge no mundo, pensa assim.
É necessário que no Brasil, também se pense da mesma forma
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