Pelo sexto ano consecutivo, a Finlândia foi eleita o país mais feliz do mundo
Ney Lopes
Fundação internacional estuda como alcançar a felicidade
Confesso que não conhecia a Fundação Mundial da Felicidade, instituição vinculada às Nações Unidas.
O objetivo da instituição é convencer os países que o sucesso não pode ser medido somente por índices economicos, mas sim pelo grau de felicidade do povo.
Por isto, a felicidade nacional deve se tornar um objetivo dos governos.
Afinal, o que seria a felicidade?
Os dez relatórios já publicados, da Fundação Mundial da Felicidade revelam conceitos desse estado de espírito das pessoas, que se irradia pelo país onde vivem.
A felicidade seria algo que as pessoas procuram encontrar, mas o que define a felicidade pode variar de uma pessoa para outra.
Normalmente, a felicidade é um estado emocional caracterizado por sentimentos de alegria, satisfação, contentamento e realização.
Embora a felicidade tenha muitas definições diferentes, é frequentemente descrita como envolvendo emoções positivas e satisfação com a vida.
Psicólogos e outros cientistas sociais normalmente usam o termo “bem estar subjetivo”.
A felicidade está no centro das ambições humana
O sociólogo espanhol, Luis Gallardo, presidente da Fundação Mundial da Felicidade, que virá ao Brasil em novembro, em entrevista declarou, que “a felicidade é o óleo do motor. Todos nascemos com ela, é parte do nosso ser.
Mas precisamos ativá-la”.
Sobre se a felicidade depende das pessoas, a resposta é sim.
Porém “ para apenas quem pode escolher. Há pessoas que não têm essa facilidade, porque podem ter problemas mentais, depressão, podem ter sofrido traumas muito fortes e não conseguir tomar decisões. E essas pessoas precisam de ajuda”.
Ainda é Luis Gallardo que alerta para a “ditadura do medo”.
Completa: “Há pessoas que têm medo de ser felizes. A humanidade decidiu definir o sucesso através do poder, do dinheiro, da fama. E para chegar a ele se adotam as três piores ações para a felicidade: comparar-se, queixar-se e competir”.
Estudos da Fundação Mundial da Felicidade revelam que “as pessoas felizes sentem toda a gama de emoções humanas – raiva, frustração, tédio, solidão e até tristeza – de tempos em tempos. Mas, mesmo diante do desconforto, eles têm um sentimento de otimismo de que as coisas vão melhorar, que podem lidar com o que está acontecendo e que serão capazes de se sentir felizes novamente”.
Aristóteles distinguiu a felicidade em dois tipos. Um, que é derivada do prazer.
Outro, da busca da virtude e do significado.
De tudo que os cientistas e pesquisadores concluíram sobre a felicidade, destacam-se os elementos a seguir citados.
Cultivar estado de calma, paz, esperança, perdão, compaixão, que ajudam a gerir nossos pensamentos e emoções, integrando espírito, postura, intenção.
Comer bem, dormir, não se ater ao passado, respirar, contemplar, meditar, estar na natureza.
Dizem os especialistas, que a felicidade é uma técnica, e se deve e praticá-la.
Há consenso de que líderes políticos entendem que, se o objetivo da humanidade é ser feliz, precisamos olhar para isso.
As cidades somente são felizes, se os cidadãos são felizes.
As empresas são felizes, se os funcionários são felizes.
Escolas e universidades são felizes, se professores e alunos são felizes.
Países ou comunidades com mais estabilidade, confiança, menos corrupção, mais segurança e acesso à educação podem ter mais condições de promover a felicidade de seus cidadãos.
Segundo o Relatório Mundial da Felicidade, conduzido pela consultoria de dados Gallup, a pedido da ONU, a Finlândia foi reconhecida, pelo sexto ano consecutivo, como o país mais feliz do mundo, seguido pela Dinamarca, Islândia, Israel e Holanda.
O Brasil caiu 11 posições no estudo anual e foi do 38º para a 49º lugar.
Afeganistão foi eleito o país mais infeliz do mundo, em 2023
Já que temos uma noção científica do que seja felicidade, só resta semeá-la, no dia a dia das nossas vidas.
Assim seja!
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