segunda-feira, 26 de setembro de 2022

ANÁLISE: "ATÉ BREVE!". VOLTO DEPOIS DA ELEIÇÃO

 

Ney Lopes

Somente agora, após correção de defeitos técnicos na Internet, foi possível postar este Comunicado.

Essa eleição de 2022 tornou-se extremamente sofrida para mim.

A causa não é ambição de poder, ou frustração.

Até porque, sem nunca ter tido o “aval” dos grupos políticos dominantes no estado, consegui com a ajuda de Deus, alguns familiares e amigos, exercer na vida pública em seis mandatos de deputado federal, primeira suplência de Senador, vice prefeito de Natal, presidente do único organismo parlamentar da América Latina (PARLATINO), copresidente do Parlamento Europeu - Latino Americano, presidente de Comissões Técnicas no Parlamento, relator de matérias relevantes para o país e incluído na classificação de parlamentar eficiente, por órgãos de imprensa e instituições como a CUT e CNI.

Sempre preservei o diálogo democrático, dialogando com todas as correntes de pensamento e defensor da legalidade constitucional.

Tenho, portanto, a consciência do dever cumprido.

Por tudo isso, não há razões para frustação, mas sim agradecimento, por tudo que consegui realizar, sem nunca trair ninguém.

Mesmo assim, afirmo que a eleição de 2022 é extremamente sofrida.

Militei na política por espírito público, para servir a coletividade, com ideias e propostas.

Basta ver os projetos e ações que aprovei em benefício do povo (o crédito educativo é um exemplo expressivo).

Com experiencia e saúde, achei que 2022 não era hora de me aposentar.

Coloquei-me ao dispor do grupo político a que pertenci, mas nunca houve o mínimo espaço liberado.

Fui mais prestigiado por opositores tradicionais, do que por esse grupo, que me desconheceu e humilhou.

O fato lembra um empreendedor, que constrói a sua empresa com obstinação e ver a falência causada pela concorrência desleal de antigos parceiros.

Com a disposição de oferecer o meu nome como opção, tentei a candidatura de Senador pelo Partido da Mulher Brasileira, legenda pequena, mas que me acolheu.

Iniciada a pré-campanha ao Senado vi as portas se fechando.

Alguns que me estimularam a entrar na luta, logo saltaram para apoiar adversários, sem explicação, até hoje.

Enfim, faltou-me o oxigênio mínimo de solidariedade e apoio, em momento traumático em que perdera um filho e a minha mãe.

Fiquei só, apenas com familiares próximos.

Percebi que poria em risco a segurança da minha família se continuasse.

Sai da disputa.

Daí a explicação do sofrimento de não poder contribuir com ideias e propostas em benefício do RN e do Brasil e, ao mesmo tempo, assistir a atual campanha acéfala, vazia, sem rumo, a base desaforos recíprocos.

Os candidatos nasceram dos acordos subalternos, em troca unicamente de interesses e favores garantidos por “baixo do pano”.

Predomina a corrupção exposta ao sol do meio dia, manifestada pelos notórios excessos do poder econômico e político.

Os personagens beneficiados justificam os seus comportamentos se autointitulando agregadores, pragmáticos, servidores do estado e pessoas de bem.

O resultado é o “vale tudo”!!!!

Um vale tudo como nunca ocorreu na história política do RN.

Há exceções, mas poucas

Se fosse candidato, pretendia ter posição diferente, totalmente voltado para o debate de temas do interesse público, sem exacerbar radicalismos de direita, ou esquerda.

As pedras e traições súbitas impediram que essa contribuição fosse dada, ganhando ou perdendo.

Vivi lições de vida, que surpreenderam até na idade em que me encontro.

Por todas essas circunstâncias preferi o recesso, até para comentar o que acontece.

Se Deus permitir, voltarei após as eleições, para acompanhar e opinar sobre o “day after” eleitoral.

Quem sabe, possa entrar em mais detalhes de tudo que presenciei.

Até breve!


Um comentário:

  1. é uma pena o amigo ficar fora do processo eleitoral, o que representa um grande desfalque falta na participação dos debates nos mais diversos assuntos discutidos durante o período eleitoral. forte abraço.

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