Ney Lopes
Brasileiros e outras nacionalidades foram expostos em fotos na mídia internacional, todos eles acorrentados nas mãos e nos pés e levados para os fundos de um avião militar de carga, enquanto caminhavam para deportação, após a ofensiva deflagrada pelo presidente, Donald Trump, que elegeu imigrantes como bode expiatório dos problemas de segurança nos Estados Unidos.
Já declarou "emergência nacional" na fronteira com o México e enviou mais de mil soldados para a região.
A aeronave que trazia os deportados estava sob a guarda do governo americanos guardas agrediram brasileiros algemados.
Segundo depoimentos, o tratamento aos imigrantes foi desumano.
Eles viajaram durante todo o tempo algemados e não eram liberados nem para ir ao banheiro.
O ar-condicionado não funcionou e apenas um salgadinho foi oferecido como comida, apesar do voo de longa distância.
Os imigrantes relatam que quando chegaram em Manaus, uma das turbinas não funcionava, o que gerou pânico nos brasileiros, que tentaram sair da aeronave.
Os guardas responderam com agressões físicas, usando correntes.
Teve um menino que levou um mata-leão até ele desmaiar e ser jogado no chão.
A imigração, entendida como processo de chegada de pessoas a países que não sejam os de sua origem, gera visões diferentes das pessoas.
Há quem defenda que toda imigração é boa e deve ser encorajada, e há outra de que toda imigração é terrível.
O Conselho Americano de Imigração confirma, que quase 48 milhões vivem nos Estados Unidos em uma população geral de 335 milhões de pessoas — geraram cerca de US$ 1,6 trilhão em atividade econômica em 2022, o ano mais recente para o qual tais dados estão disponíveis.
Em algumas pequenas cidades, os migrantes foram fundamentais para seu renascimento.
Springfield, com sua comunidade de migrantes haitianos (legais!), é um exemplo.
Outros exemplos incluem Utica, em NY, impulsionada por refugiados da Bósnia e Mianmar; Springdale, Arkansas, que atraiu pessoas de vários lugares, incluindo as Ilhas Marshall; e muitos outros.
Não há como negar que a imigração tenha um efeito líquido positivo nos orçamentos federais, estaduais e locais combinados.
Há, entretanto, desvantagens.
Os trabalhadores podem ser explorados, pressionam os serviços públicos, o desemprego aumenta e se houver um número irrestrito de recém-chegados pode haver atrito com a população local.
Entre prós e contras, o que se conclui é que a migração deve ser tolerada e regulamentada.
O que Trump vem fazendo, choca a comunidade internacional, sobretudo os basileiros
SUPER-RICOS NOS GOVERNOS AMEAÇAM DEMOCRACIA
A influência dos super-ricos na presidência de Donald Trump é uma ameaça à estabilidade global, revelou nova pesquisa com milionários.
Com mais de 2.000 milionários em países do G20 descobriu-se que mais da metade acredita que a concentração extrema de riqueza é uma ameaça à democracia.
Cerca de 70% concordaram que a influência daqueles com riqueza extrema está levando a um declínio na confiança na mídia, no sistema de justiça e na democracia.
A riqueza dos bilionários do mundo cresceu US$ 2 trilhões em 2024.
Taxa de crescimento da riqueza no ano passado foi três vezes mais rápida do que em 2023.
Ao mesmo tempo, o número de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza do Banco Mundial de US$ 6,85 por dia mal mudou desde 1990, e está perto de 3,6 bilhões – o equivalente a 44% da população mundial.
Uma em cada 10 mulheres vive em pobreza extrema (abaixo de US$ 2,15 por dia), o que significa que 24,3 milhões de mulheres a mais do que homens sofrem pobreza extrema.
Globalmente, o número de bilionários aumentou em 204 no ano passado para 2.769.
A riqueza combinada saltou de US$ 13 trilhões para US$ 15 trilhões em apenas 12 meses.
A riqueza dos 10 homens mais ricos do mundo cresceu em média quase US$ 100 milhões por dia e mesmo que perdessem 99% de sua riqueza da noite para o dia, eles continuariam bilionários.
O quadro da economia global não deixa dúvidas, de que somente soluções ousadas reduzirão radicalmente a desigualdade e consolidarão a justiça em nossas economias.
Perdão de Trump vira risco
Um dado preocupante é que a extrema direita comemorou, a clemência de Trump, a todas as quase 1.600 pessoas acusadas em conexão com o ataque de 2021 ao Capitólio
.Alguns pediram a morte dos juízes que supervisionaram os julgamentos. Outros festejaram e expressaram alívio.
Especialistas disseram que a reversão extraordinária para manifestantes que cometeram crimes violentos e não violentos em 6 de janeiro, incluindo agressões a policiais e conspiração, encorajará para novas investidas de grupos extremistas, como os supremacistas brancos, que pediram abertamente violência política.
Há o temor de que a libertação indiscriminada de todos os acusados nos tumultos possa encorajar extremistas e tornar a violência política mais comum, inclusive em torno de questões políticas contenciosas, como segurança de fronteira e eleições.
Um risco, a ser enfrentado pelo governo Trump.
Curtinhas
+ Piada do dia: o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Bolsonaro, questionado se tem intenção de se candidatar-se à presidência da República, afirmou que "se sacrificaria", caso seja escolhido.
+ Os chamados líderes da direita potiguar reuniram-se e “isolaram” o nome do prefeito de Mossoró Alysson Leandro Bezerra como opção para o governo do Estado, em 2026. Será miopia política (ver de menos em relação ao futuro), ou, hipermetropia (ver demais)?
+ Quase a metade da bancada do PL na Câmara é alvo de investigações. Dos 98 deputados, 42 respondem a inquéritos policiais, denúncias no Ministério Público ou ações no Supremo
+ Terminou o Fórum Econômico Mundial de Davos, Suíça, em 2025. Nos bares, hotéis e salas de conferência sem janelas, dois temas dominaram a conversa: a ascensão dos Estados Unidos e o declínio da Europa. E agora?
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