Ney Lopes
No dia 20 de janeiro de 2025 começará a vingança de Donald Trump como presidente empossado dos Estados Unidos. Na escolha dos auxiliares, ele deu sinais claros de que colocará no governo o seu discurso de campanha, sempre associado a supremacia dos brancos, que defendem a ideia de um americano "verdadeiro", anglo-saxão, protestante e branco. Para Trump, por trás do véu da “América Primeiro”, slogan de sua campanha, justifica-se esse perfil racista, que sempre representou a a grandeza dos Estados Unidos e foi diluído por minorias e imigrantes.
Antes da sua posse deve preencher mais de 4.000 cargos, nomeadamente os seus ministros, os seus adjuntos, mas também embaixadores, oficiais militares e diretores de agências federais. Desde a sua vitória nas eleições presidenciais, Donald Trump tem listado os nomes das pessoas. O objetivo será manter a promessa de ruptura radical, lançar a ofensiva contra o estado federal, colocando os legalistas à frente dos ministérios e agências estratégicas
Condições para escolha
Os critérios de seleção são clássicos no mundo trumpista. Primeiro, lealdade ao líder. Depois, a presença televisiva e a compatibilidade ideológica. A maioria dos indicados parece focados em vingança, com instruções para destruir o Departamento de Justiça, as agências de inteligência e o Departamento de Defesa, caçando o chamado estado profundo e qualquer um que tenha participado dos processos contra o Sr. Trump.
O bilionário Elon Musk, 53, sem nenhuma experiência de serviço público, assumirá o comando do novo “departamento de eficiência governamental”. A meta é provocar “ondas de choque”, desregulamentando a todo custo e fazendo cortes drásticos no orçamento. A obra de Musk deve ser concluída até 4 de julho de 2026, aniversário de 250 anos do país. A grande incógnita é saber se o departamento irá funcionar, considerando que personalidades notoriamente egocêntricas, como Elon Musk e Donald Trump, enxergam o mundo a partir de sua própria perspectiva, mostrando desinteresse pelos sentimentos e necessidades dos outros.
Nomes e planos
As escolhas de alguns auxiliares são emblemáticas das reais intenções de Trump. Vejam-se, por exemplo, Marco Rubio, 53, Secretário de Estado. O senador de origem cubana defende plano de uma política externa duríssima em relação à China, ao Irã e a Cuba. Ele é um dos 15 senadores republicanos, que votaram contra 95 mil milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, que chamou de extorsão.
Misturando política, negócios, família, Donald Trump nomeou Charles Kushner, pai do seu genro, como embaixador dos Estados Unidos em França. O presidente eleito anunciou também, que o empresário americano-libanês Massad Boulos seria seu conselheiro sênior para o Oriente Médio. Massad é um advogado talentoso e um líder altamente respeitado no mundo dos negócios. Na área de energia, o escolhido Chris Wright considera que “não há crise climática e [que] também não estamos no meio de uma transição energética”. O Secretário de energia também supervisiona o complexo de armas nucleares dos EUA, a eliminação de resíduos nucleares e 17 laboratórios nacionais.
Com uma equipe escolhida a “dedo” para venerá-lo, Trump desafiará o “establishment” norte-americano, com mudanças profundas. Vamos ver em que dará...
Hoje na história
1905 – Prisão de Leon Trotski.
1963 – Criação da Base Aérea de Brasília.
1967 – O Doutor Christian Barnard realiza o primeiro transplante de coração, no Hospital Groote Schuur, na Cidade do Cabo, África do Sul.
1976 – Fidel Castro se diploma Presidente da República de Cuba.
1992 – Enviado o primeiro SMS, no Reino Unido, com o texto “Merry Christmas.” (Feliz Natal).
1994 – Lançamento do Playstation da Sony no Japão.
2007 – Austrália ratifica o Protocolo de Quioto, deixando os Estados Unidos “sozinhos” para também o ratificar.
2009 – Um atentado suicida em um hotel em Mogadíscio, Somália, mata 25 pessoas, incluindo três ministros do Governo Federal de Transição.
2012 – Pelo menos 475 Pessoas morrem depois que o tufão Bopha chega às Filipinas.
2014 – A agência espacial japonesa, JAXA, lança o explorador espacial Hayabusa 2 do Centro Espacial de Tanegashima em uma missão de ida e volta de seis anos a um asteroide para coletar amostras de rochas.
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