Ney Lopes
Com quilômetros rodados na política nacional, o governador de Goiás Ronaldo Caiado coloca-se hoje como uma opção experiente e realista para disputar a presidência da República.
Mostra firmeza e rumo definido em relação ao futuro.
O temperamento indócil do ex-presidente Bolsonaro não se conteve e o atingiu com expressões deselegantes, lembrando, desnecessariamente, que o governador foi “covarde” na pandemia, por não ter recomendado o isolamento social e defender a vacinação, durante a crise sanitária.
Além de político, Caiado é médico de elevado conceito no país e agiu de acordo com a sua consciência profissional, seguindo a orientação da unanimidade das opiniões cientificas.
Tentativa de parceria
No início do processo eleitoral em Goiânia, Caiado tentou estabelecer parceria com Bolsonaro, mas não recebeu nem resposta.
Ao contrário, Bolsonaro iniciou um “disse me disse” com inverdades, insultando o seu candidato, chamando-o “cara da rosquinha”.
Foi às redes sociais dizer, que o governante goiano pertencente à UDR (União Democrática Ruralista), falava grosso e gostava de ranger os dentes”, mas estava negociando o apoio do PT, adversário histórico.
Posteriormente, o apoio petista foi desmentido.
“Conversa chata”
Após ser o primeiro governador a eleger um prefeito em Goiânia em quase 40 anos, Caiado condenou o estilo de fazer política do bolsonarismo, dizendo que “"Ninguém aguenta mais, é uma “conversa chata”, cansativa, enjoada, as pessoas acham que de repente são professores de Deus. 'Tem que ser assim, falar desse jeito, se não for assim, você é comunista', essas coisas cansaram", disse em entrevista.
Finalizou afirmando: “Você precisa mostrar por que quer governar, que não é criar uma situação de guerra de secessão no país”.
Ninguém nega a liderança do Bolsonaro, mas ele não poderá conduzir a coordenação do seu bloco, criando crises e dividindo o próprio grupo.
A sua liderança não é mais como antes. A centro direita dividida será presentear a esquerda a continuidade no poder.
Pensar nisto, antes que seja tarde. Bom senso, a palavra de ordem!
Hoje na história
1501 — Descobrimento da Baía de Todos-os-Santos, no litoral brasileiro.
1800 — A Casa Branca é inaugurada.
1942 — Entra em vigor o padrão monetário do Cruzeiro no Brasil.
1965 — Golpe Militar de 1964: instituídos os Atos Complementares 2 e 3
1980 - Início do SBT.
Januário Cicco fundador da saúde pública no RN
Hoje, 31, setenta e dois anos da morte do médico Januário Cicco.
Nascido no município de São José de Mipibu, em 1881, o Hospital Universitário Onofre Lopes e a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), unidades acadêmicas universitárias, que somam quase dois séculos de atuação, foram iniciativas desse pioneiro da medicina social no RN.
No início do século XX, Natal com pouco mais de 20 mil habitantes, não dispunha de assistência médica para os mais necessitados.
A alternativa existente, o Hospital da Salgadeira, na Cidade Alta, tinha estrutura decadente, sendo fechado em 1905, por inadequação para o atendimento à saúde das pessoas.
Hospital e Maternidade
Januário Cicco falou ao então governador a sua aflição com a desassistência aos mais pobres.
Então, em 1909, o governo do estado doou, no alto do Monte Petrópolis, a casa de veraneio do então governador Alberto Maranhão, localizada na atual Avenida Nilo Peçanha, para a instalação do Hospital de Caridade Juvino Barreto.
No ano de 1935, após uma profunda reforma, a casa de saúde passa a se chamar Hospital Miguel Couto, em tributo ao médico de renome nacional.
Em 1984, é denominado Hospital Universitário Onofre Lopes, em homenagem ao fundador da UFRN.
Outra batalha de Januário Cicco foi a construção de uma unidade hospitalar que atendesse as parturientes pobres, obtendo a doação de um terreno pelo prefeito Omar O’Grady.
Em fevereiro de 1950 abrem-se as portas da hoje denominada Maternidade Januário Cicco para atender a mulher, mãe carente de Natal.
Fundador da saúde pública no RN, Januário Cicco não viu nascer a nossa Universidade, porém no Portal da Memória da instituição, ele é nominado como “o mais legendário dos precursores da UFRN”.
Justa homenagem!
Curtinhas
+ Marco Emerenciano revela-se memorialista e recompõe em artigos publicados nesta TN a história de Ceará Mirim, terra do seu avô e meu professor José Emerenciano.O texto “Nilo Pereira e o jornalismo”, homenageia um ceará-mirinense consagrado nas letras nacionais.
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