sábado, 5 de outubro de 2024

ANÁLISE POLÍTICA: "EM NATAL, AS PESQUISAS TÊM RAZÃO?"

 

Ney Lopes

A eleição de 2024 de Natal, em fase final, tem uma característica ímpar: a certeza das pesquisas.

Como político veterano, nunca vi a propagação de tanta segurança no resultado final da eleição, quanto, por exemplo, a empresa CONSULT dá em relação a “virada” de Paulinho Freire, com a vitória no primeiro turno. Impressionante!

Admitiu-se que o último debate pudesse influir em mudanças nessas previsões. Não procede.

O debate foi o espelho da mediocridade política, sem conteúdo, sem visão de futuro para Natal.

Até os desaforos disparados entre candidatos foram inconsequentes.

Por trás desse estado político absolutamente “amorfo”, fica muito difícil fazer previsão, salvo que um “tudo ou nada” está em marcha.

Carlos Eduardo à frente, desde o início da campanha, de repente é surpreendido por queda em pesquisa, sem “fatos novos”, ou erros notórios, que justificassem essa queda.

Ao contrário era o candidato mais conhecido de todos.

Simplesmente, caiu e ponto final.

Paulinho Freire, político conhecido há anos, deputado federal, bom articulador, com apoio em coligação fortíssima, não conseguia “decolar” e de repente dispara para o primeiro lugar nas pesquisas.

Inicialmente, ele “batia” em Carlos Eduardo. Na reta final o alvo é a governadora Fátima Bezerra.

Paulinho talvez imagine, que “desprezar” Carlos como “nati morto” e combater Fátima, aumenta a sua votação.

Estratégia perigosa. O efeito poderá ser “somar” para quem opte por Fátima, ou, o indeciso fortalecer Natália.

Natália Benevides manteve linha reta na campanha, no seu estilo de “poucos amigos”.

Jogou tudo durante a campanha na vinculação ao presidente Lula. Veremos.

Rafael Mota cumpriu a sua meta. Não se omitiu. Mostrou que está vivo. Melhor do que se estivesse a distância do processo eleitoral.

Se não ganhou, também não perdeu.

Estou curioso para ver o final da apuração logo do primeiro turno, que poderá consagrar Institutos de pesquisa, mas também poderá sepultar a credibilidade deles, pois nenhuma justificativa será aceita, de eventuais erros estatísticos.

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