segunda-feira, 23 de setembro de 2024

ANÁLISE: “COMEÇA UMA NOVA GUERRA”

 


As doze crianças e adolescentes judeus, que foram mortos quando um foguete atingiu um campo de futebol

Ney Lopes

Nos últimos meses, fala-se mais em guerra, do que em paz no mundo. Nesta segunda feira, 23, parece ter se iniciado uma nova guerra. Israel intensificou seus bombardeios contra o Hezbollah, no Líbano. O saldo de morte é de 356 pessoas, incluindo 24 crianças (ver foto) e mais de mil feridos. Este foi o maior ataque israelense contra o Líbano, desde a última guerra entre Israel e Hezbollah., em 2006. Redes internacionais informam que a próxima ofensiva militar israelense terá como alvo Beirute.

Cerca de noventa mil libaneses e setenta mil israelenses, abandonaram suas casas. O Hezbollah - cujo nome significa “partido de deus” - é um grupo paramilitar islâmico de orientação xiita, que conta com o apoio de países como Irã e Síria. Surgiu no Líbano, durante a guerra civil que ocorreu no início da década de 1980. É muitas vezes descrito como uma espécie de Estado paralelo ou Estado dentro de um outro Estado (no caso, o Líbano)."

Origem dos conflitos

A criação do Estado de Israel em 1948, devolveu a independência judaica, perdida dois mil anos antes. Milhares de judeus  começaram a retornar ao antigo reino de Israel (então território da Palestina), em um movimento conhecido como sionismo. Entretanto, o território já era ocupado por árabes, o que causou conflitos entre judeus e palestinos, que perduram até hoje.

Formou-se um campo de batalha que se estende por quase 20 quilômetros em ambos os lados da fronteira, onde os civis não podem mais viver. As esperanças de acordo diminuem dia a dia. Hezbollah dispõe de expressiva força em combates. As suas tropas lutaram na guerra da Síria e são bem treinadas. Em Israel há movimento interno contrário à guerra com o Hezbollah.

Netanyahu, o grande problema

A grande questão é que a permanência do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no poder depende de sua nação estar em guerra. O país está pagando um alttissimo preço. O impopular primeiro minisro  conta com apenas 13 das 64 cadeiras que apoiam o governo no Parlamento. Sem esse apoio, ele  iria para a prisão. É réu em vários processos de corrupção, que tramitam na Corte Suprema, razão pela qual tentou antes da guerra aprovar uma reforma, que retirava a autonomia dos tribunais.

Netanyahu dá sinais de eventual escalada no Irã, o que envolveria a Russia, dependente de misseis e drones iranianos na gurerra da Ucrania. A ação internacional para um acordo terá que partir dos Estados Unidos ou França. Washington DC é o principal aliado de Israel, a França é o único país a manter canais de comunicação com todos os atores envolvidos - incluindo o Hezbollah.

Paris e Washington devem, portanto, trabalhar juntos para renovar e fortalecer a força de manutenção da paz da ONU, que pacificaria a região. 

Hoje na história

1944 — A primeira legião da Força Expedicionária Brasileira desembarca na Itália e se junta aos exércitos dos Aliados na II Guerra Mundial.

1964 — Golpe Militar de 64: Carlos Lacerda viaja ao Uruguai para se encontrar com João Goulart.

2008 — Taro Aso é eleito primeiro-ministro do Japão. Ele se torna o primeiro japonês cristão a tomar posse no país.

1825 – Guerra da Cisplatina envolvendo Brasil e Uruguai

1960 – Estados Unidos lançam o USA Interprise, o primeiro porta aviões nuclear do mundo

1948 – É criada a marca Honda Motor

2004 – O Jornal do Brasil publica denuncia do escandalo do “mensalão” no Brasil.

1834-Morre D. Pedro I, primeiro monarca do Império do Brasil

Curtinhas

Proibição de mentiras de políticos pode se tornar lei no País de Gales. Serão punidas todas declarações que tenham intenção de enganar, fazer ou publicar informação que seja sabidamente falsa ou enganosa. O objetivo é o público em geral respeitar mais os políticos.

A disputa presidencial nos Estados Unidos será uma das mais acirradas da história. As pesquisas no chamado ‘Cinturão do Sol’ mostram que Trump lidera no Arizona, Geórgia e Carolina do Norte, Estados decisivos para a eleição americana.

Papa Francisco fará viagem apostólica de 26 a 29 de setembro a Luxemburgo e Bélgica.

 




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