segunda-feira, 24 de junho de 2024

ANÁLISE: "DEBATE: MOMENTO DO CONFRONTO"



Ney Lopes

O presidente Joe Biden e o republicano Donald Trump devem se enfrentar em um debate de hoje a uma semana – 27 de junho-, preparando o terreno para o primeiro confronto televisionado da campanha eleitoral de 2024.

Os debates televisivos tornaram-se um elemento básico das campanhas presidenciais dos EUA.

O debate na CNN provavelmente ocorrerá após a conclusão do julgamento criminal de Trump, atualmente em andamento em Nova York. Trump também enfrenta outras três acusações criminais, mas esses julgamentos foram adiados. Ele negou irregularidades em todos os casos.

A campanha de Biden também delineou regras rígidas para responder a perguntas, incluindo limites de tempo firmes e microfones que se desligam após o período de fala do candidato.

Trump e a sua equipe acredita que   os choques de opiniões irão exacerbar s os eleitores sobre o que acham da idade e a competência de Biden.

O americano merece debate substantivos dos principais candidatos a presidente e vice-presidente”. Os planos para um debate vice-presidencial, ainda não foram anunciados.

A boa notícia para Biden é que as regras o favorecem. Trump alimenta-se de audiências ao vivo e terá de se adaptar ao silêncio. Ele ficará inaudível quando Biden estiver falando. Biden seria negligente se não lembrasse aos telespectadores que seu oponente é um criminoso condenado

Como conduzir um debate entre dois homens cuja idade combinada é dois terços da república dos EUA? A resposta é não ter audiência, silenciar quem não fala e agendar intervalos para ir ao banheiro (chamando-os de comerciais).

Seria um exagero considerar definitivo o confronto da próxima semana entre Joe Biden e Donald Trump. Mas numa eleição acirrada em que a capacidade mental de cada candidato está sob escrutínio, terá muita importância para a formação do juízo do eleitorado.

Apenas três vezes na história dos EUA, um debate presidencial alterou indiscutivelmente o resultado. Biden pressionou por uma data historicamente precoce, porque muitos americanos enviam seus votos pelo correio hoje em dia.

Quanto mais cedo Biden lembrar às pessoas o carácter de Trump, melhor. Essa é a teoria. O passado oferece mensagens contraditórias. Os primeiros debates televisivos foram entre John F. Kennedy e Richard Nixon em 1960. Estes seriam um bom augúrio para Trump. As pessoas que sintonizavam seus rádios pensavam que Nixon havia vencido. Quem assistiu pela TV optou por Kennedy. O contraste entre a chamada sombra das cinco horas de Nixon e a juventude radiante de JFK era importante. O equivalente de hoje seria assistir sem som.

Kennedy obteve 34,2 milhões de votos. Nixon venceu 34,1 milhões. Outros dois debates decisivos das eleições envolveram Jimmy Carter. Em 1976, um mês antes da eleição, Carter atraiu o presidente em exercício, Gerald Ford, para uma armadilha. Ele fez com que Ford negasse que houvesse dominação soviética na Europa Oriental. Isto alienou os eleitores dos estados indecisos de origem polaca e checa, numa eleição apertada onde a margem do colégio eleitoral se reduziu a alguns milhares de votos em Ohio e Wisconsin.

Ainda mais do que o habitual, porém, o que os candidatos dizem terá menos importância do que a aparência de cada um. O objetivo de Biden será garantir que a sua idade seja menos motivo de conversa, do que o caráter de Trump. No papel, sua tarefa é simples. Na prática é tudo menos essa simplicidade. Vejamos!

Hoje na história

No dia 21 de junho, comemora-se o Dia Internacional do Aperto de mão, cumprimento usado como expressão de sentimento ou para consolidar um acordo entre pessoas A Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu que a celebração fortalece os laços sociais de identidade e continuidade entre os povos.

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