Zé Avelino é um amigo de sempre. Sua barraca na Praia de Ponta Negra fez época e causou, ele foi um dos pioneiros nesse comércio praieiro. Mas Zé é do mundo, viveu em São Paulo , onde perdeu sua companheira no trágico incêndio do Edifício Joelma. Faz tempo se refugiou na sua pasárgada Caicó
Em Caicó, certa vez, fiquei hospedado na sua casa que é como um coração – atelier- floresta – gaiola aberta de sonhos. Em cada canto uma obra de arte da Ave-Linho. Zé é magrinho e quase voa, flutua nas asas da imaginação fértil e criativa, como as borboletas que desenhava coloridas e cobras que rastejam.
Vejo um quadro abstrato, uma das ultimas obras do artista. Quadro inspirado nas cercas de pedras caicoenses recebeu o título de “priquito atravessado”.
Ali adiante duas caixas de ovos pintados pelo artista passarinho. São seixos rolados de um rio que flutua feito uma rosácea-cera.
Descanse em paz, meu querido Zezé.
Vamos sentir falta
João da Mata Costa
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